Em março, dívidas correspondiam a 43,99% da renda anual; segundo o BC, parte do endividamento nos últimos anos está ligada ao crédito habitacional.
BRASÍLIA - O endividamento dos brasileiros com o sistema financeiro nacional bateu novo recorde ao final do primeiro trimestre de 2013. Segundo o Banco Central, as dívidas das famílias correspondiam, em março, a 43,99% da renda anual. Em fevereiro, recorde anterior, o índice estava em 43,79%. No fim do primeiro trimestre de 2012, era de 42,37%.
Segundo o BC, parte do aumento do endividamento nos últimos anos está
ligada ao crédito habitacional. Se forem excluídas as dívidas com a
compra de imóveis, o endividamento fica em 30,48% da renda em março,
ante 30,54% em fevereiro. Em março do ano passado, estava em 31,17%. Na
última sexta-feira, ao divulgar os dados sobre o crédito em abril, o
chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, afirmou que muitas
famílias estão substituindo o pagamento do aluguel (que não entra na
estatística da instituição sobre dívidas) pelo financiamento
habitacional, um endividamento de longo prazo, com juros mais baixos e
que significa aumento de patrimônio.
O BC também divulgou números sobre o comprometimento de renda dos
brasileiros, que considera dados mensais de renda e prestações pagas aos
bancos. As prestações correspondiam, no terceiro mês do ano, a 21,66%
da renda mensal dos trabalhadores, ante 21,84% em fevereiro (dado
revisado). Também houve queda em relação a março de 2012, quando o
comprometimento estava em 22,91% da renda. Se forem retirados da conta
os financiamentos habitacionais, o comprometimento da renda mensal fica
em 20,06% em março de 2013, ante 20,24% em fevereiro.
Eduardo Cucolo, da Agência Estado
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