O salto alto é considerado um item indispensável no universo
feminino. As mulheres de todas as idades, em sua maioria, sentem-se mais
bonitas e poderosas em cima de um belo sapato de salto alto. O problema
é que essa peça tão desejada não é nada inofensiva. Para que se consiga
manter a estabilidade do corpo sobre um salto são necessários inúmeros
ajustes posturais, como a anteriorização do centro de gravidade e o
aumento do stress na região lombar. Esses ajustes levam a sobrecarga em
diversas articulações do corpo. Além disso, durante a marcha há uma
redução do comprimento do passo e da velocidade, consequentes da
diminuição de amplitude de movimento dos membros inferiores.
As consequências do uso contínuo do salto podem ser sérias. Além dos
encurtamentos e desequilíbrios musculares, podem ocorrer alterações
osteoarticulares como osteoartrose de quadril e joelhos, deformidades
nos pés, como o hálux valgo (joanete), metatarsalgias (dor na região
anterior dos pés), entorses de tornozelo, condromalácea patelar,
tendinites e alterações lombares.
Um estudo realizado por um grupo de pesquisadores brasileiros, alerta
para outro problema que o salto alto pode ocasionar: alterações
vasculares. O grupo analisou o retorno venoso de mulheres em diferentes
situações: pés descalços, salto médio de 3,5 cm, salto agulha com 7 cm e
salto plataforma com 7 cm. Os resultados mostraram que a função de
bomba muscular da panturrilha diminuiu conforme aumenta o tamanho do
salto. Os pesquisadores concluem que o uso contínuo de salto alto tende a
provocar hipertensão venosa nos membros inferiores e pode
transformar-se em causa de doença venosa.
Para prevenir essas alterações o ideal é não utilizar saltos com mais
de 3 cm no dia-a-dia e dar preferência para os mais largos que geram
menos desequilíbrios. Se quiser, deixe para abusar dos maiores e dos
estilo agulhas nos finais de semanas. Se você necessita usar
constantemente salto, procure realizar alguma atividade física que
fortaleça os grupos musculares. Alongar, diariamente, a musculatura dos
membros inferiores e da coluna também ajuda a você manter-se no salto,
mas sem “perder a pose” para alguma dor.
Fonte: Veja
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