COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A prática do
adultério tem aumentado no meio evangélico. E sinal do esfriamento do amor e do
aumento da iniquidade. Como vemos no texto bíblico acima, os adúlteros estão na
lista dos tipos de pecadores que não entrarão no Reino de Deus. O adultério é
pecado gravíssimo aos olhos de Deus, o Criador do casamento, do lar e da
família. A sociedade sem Deus, relativista e hedonista, não o vê como algo
pecaminoso, e sim, como tendência natural do ser humano, que, segundo
interpretação da teoria da evolução, o homem é polígamo por natureza, seguindo o
exemplo de certos animais. No entanto, a visão cristã passa pelas lentes fortes
e cristalinas da Palavra de Deus, que considera a infidelidade conjugal como
vergonhosa traição aos princípios sagrados, estabelecidos por Deus para o
casamento.
Quando havia a
poligamia, tolerada por Deus, no Antigo Testamento, só ocorria o adultério
quando um homem ou uma mulher ultrapassavam todos os limites da liberdade concedida
pela lei e pelos costumes daquela época. Era permitido ao homem ter mais de uma
esposa, e era aceitável que, além de suas mulheres, tivesse concubinas, ao seu redor,
para lhes atender às suas alegadas necessidades sexuais. Mas tal permissibilidade
contrariava o plano original do Criador: a união conjugal entre um homem e uma
mulher (como já foi visto em reflexão anterior). Assim, só adulterava, no
Antigo Testamento quem perdia todo o senso de ética, de domínio próprio, e de
santidade.
No Novo Testamento,
percebe-se que Deus mudou o seu tratamento para com a questão da fidelidade
conjugal. Nos Evangelhos, não há uma só referência à poligamia, à bigamia, ou a
qualquer outro tipo de arranjo para o casamento, com aprovação do Senhor Jesus
Cristo.
Quando ele responde
aos fariseus, acerca do divórcio (Mt 19.1-12), o Mestre vai buscar, na origem
de tudo, a base para a união conjugal, reafirmando o plano original do Criador
(Gn 2.24). Uma só carne não é uma união emocional, espiritual, em que com as
orações um santifica o outro. É a relação sexual entre o esposo e a esposa.
Deus vê, no ato conjugal, uma união tão completa, que a define como sendo “uma
só carne”. Através desta é que o cônjuge crente santifica o outro, mesmo que
este não seja um cristão (1 Co 7.14). O texto refere-se à santificação do corpo
apenas.
Em sua doutrina
sobre o divórcio, no mesmo texto, Ele mostra a monogamia, a união
heterossexual, e o valor da fidelidade conjugal: “Eu vos digo, porém, que
qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar
com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete
adultério” (Mt 19.9 — grifo nosso). A expressão sublinhada “sua mulher” e casar
“com outra” é a reafirmação de Cristo quanto ao casamento monogâmico. Ele não
diz “suas mulheres”, ou casar com “outras mulheres”, o que reforça a visão
sobre a união conjugal.
Mesmo havendo o
divórcio, Ele confirma que aquele que “casar com outra” comete adultério, se
não for por infidelidade.
Esse texto mostra,
de igual modo, o efeito espiritual, moral, ético e social do adultério. E uma
quebra tão terrível da aliança do casamento, que destrói os laços espirituais e
morais do matrimônio. Quando há infidelidade, quando há adultério, se não
houver o perdão, se não houver o arrependimento sincero do cônjuge infiel, se
não houver condição emocional para a convivência, o casamento acaba; a aliança
é rompida. Só um milagre no coração do cônjuge traído pode fazer com que aceite
a restauração dos laços emocionais e espirituais, estraçalhados por um ato (ou
muitos) de infidelidade por parte do seu cônjuge.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 67-68.
E Se Você Cometeu
Um Erro?
Quando se trata de
sexo, as pessoas cometem erros, tanto pré-nupcial como extraconjugal. Às vezes,
após cometer um erro sexual, as pessoas pensam que, uma vez já cometido o
pecado, pode muito bem continuar a fazer isso. Esta é uma ideia falsa, porque continuar
a praticar sexo antes do casamento ou seguir adulterando perpetua um pecado e
isso pode levar a uma consciência cauterizada e apática. O caminho bíblico para
purificar a consciência é se arrepender—isto é, parar de transgredir a lei de
Deus.
Pelo fato de o sexo
ser prazeroso e ser um vínculo emocional, criado entre duas pessoas através
deste ato, acabar com uma relação sexual ilícita pode ser difícil. Aqui estão
alguns pontos a considerar se você precisa terminar ou já terminou recentemente
um relacionamento pecaminoso: Arrepender-se. O arrependimento significa parar o
que estamos fazendo errado e mudar de direção. E também inclui admitir o nosso
pecado a Deus e pedir Seu perdão. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é
fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1
João 1:9). O arrependimento é obrigatório para ser perdoado.
Ter coragem para
fazer o que é certo. Deus respeita as pessoas de coragem, que fazem o que Ele
diz, e Ele nos promete força quando buscamos fazer isso. Salmo 31:24 diz:
“Sejam fortes e corajosos, todos vocês que esperam no Senhor!”. Peça a Deus a
coragem que você precisa para deixar sua conduta errada.
Esforce-se para
fazer o que é certo e peça a ajuda de Deus, porque “qualquer coisa que lhe
pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o
que é agradável à sua vista” (1 João 3:22).
Aceitar o perdão de
Deus. Quando nos arrependemos, Deus não apenas remove os nossos pecados
completamente como também deixa de pensar de nós como pessoas que tenhamos cometido
esses pecados (Salmo 103:12, Hebreus 8:12). Apesar de que as consequências
podem permanecer (perda da virgindade, uma DST ou um coração temporariamente
partido), Deus nos perdoa completamente quando nos arrependemos. Creia em Deus—
não em suas emoções instáveis!
“Não peques mais”.
Isto é o que Cristo disse a um homem e a uma mulher que haviam cometido pecados
(João 5:14; 8:11). Para seguir esta instrução, pode ser necessário mudança de
hábitos e, em alguns casos, até mesmo de amigos. Ser responsável perante Deus através da oração diária e do estudo da
Bíblia, bem como assistir aos cultos todos os sábados são excelentes meios para
cumprir o mandamento de Cristo. Ouvir a Palavra de Deus regularmente nos cultos
do sábado também aumentará sua fé (Romanos 10:17).
Embora seja sempre
difícil deixar a conduta pecaminosa por causa do prazer temporário a ela
associado (Hebreus 11:25), porém, o esforço vale muito a pena. Lembre-se da
promessa de Deus em Provérbios 11:18: “Quem faz o que é direito na certa será recompensado”
(BLH).
Casamento e Família:
A Dimensão Perdida. pag. 34-35.
A
Vulnerabilidade de Homens e Mulheres
Quando se trata das
tentações para fazer sexo, homens e mulheres, em geral, enfrentam desafios
diferentes. A respeito dos homens, Stephen Arterburn e Fred Stoeker, escrevem: “Nós
temos um interruptor de ignição visual quando se trata de ver a anatomia
feminina” (A Batalha de Todo Homem: Vencer a Guerra da Tentação Sexual
Significa Uma Vitória Por Vez, 2000, pág. 57).
A resposta divina
para os homens é controlar o que veem. Ao reconhecer essa característica
masculina, Jesus ensinou que “qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar
já em seu coração cometeu adultério com ela” (Mateus 5:28).
Para se proteger
contra essa vulnerabilidade, Jó disse: “Fiz acordo com os meus olhos de não
olhar com cobiça para as moças” (Jó 31:1, NVI). Os homens de Deus precisam
evitar a pornografia e nunca olhar para as mulheres com desejo sexual. “Enquanto
a batalha de um homem começa com o que capta através de seus olhos, uma mulher começa
com o seu coração e seus pensamentos.”
Dirigindo-se às
mulheres, Shannon Ethridge explica: “Enquanto a batalha de um homem começa com
o que capta através de seus olhos, uma mulher começa com o seu coração e seus
pensamentos. Um homem deve guardar seus olhos para manter sua integridade
sexual, mas porque Deus fez as mulheres para serem emocional e mentalmente
estimuladas, [nós, mulheres,] temos de guardar estritamente nossos corações e
mentes, assim como nossos corpos se queremos experimentar o plano de Deus para a
satisfação sexual e emocional” (A Batalha de Cada Mulher: Descobrindo o Plano
de Deus Para a Satisfação Sexual e Emocional, 2003, pág. 13).
Continuando,
Ethridge diz que estas diferenças explicam “porque dizem que os homens dão amor
para conseguir sexo e as mulheres dão sexo para conseguir amor”. Provérbios
4:23 diz: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele
procedem as fontes da vida” (ARA). As mulheres piedosas devem evitar entregar
seus corações até o momento apropriado, ou seja, no casamento.
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